08/02/2021

O Município do Porto continua comprometido na redução do uso desnecessário de plásticos, aliando-se à segunda fase da campanha nacional promovida pelo Pacto Português para os Plásticos. A missão passa por sensibilizar os consumidores portugueses para a reutilização e reciclagem deste grande grupo de materiais.


O bom desempenho do município foi reconhecido na apresentação ao grupo de trabalho do Roteiro para os Plásticos 2025, integrado no Pacto Português para os Plásticos. A abordagem integrada na economia circular, que não perde de vista o potencial para criar mais-valias económicas, ao mesmo tempo que reduz a pegada ecológica, esteve em destaque.


Esta visão tem sido materializada através de metas e objetivos claros. Encontram-se já implementadas algumas medidas concretas de redução de plástico, como a promoção do uso da água da torneira, com a instalação de bebedouros nos vários serviços municipais e a oferta de cantis aos colaboradores (para evitar o consumo de água engarrafada), bem como o uso de garrafas de vidro em salas de reuniões e eventos.


No atual contexto de pandemia, é de salientar ainda a reutilização de contentores de grande capacidade de álcool-gel e líquido de limpeza de superfícies, que já evitou descartar várias dezenas de quilos de plástico.


Segunda fase do Pacto Português para os Plásticos


Após o foco na redução do consumo, o Pacto Português para os Plásticos concentra agora o seu impacto na reutilização e reciclagem. A redução total do consumo de plástico no dia-a-dia constitui um desafio e envolve mudanças comportamentais a vários níveis, desde a indústria até aos consumidores. Por esse motivo, reforçar a necessidade de reciclar e criar estratégias de reutilização, que envolvem muitas vezes soluções criativas e esteticamente modernas, são medidas fundamentais para reduzir o consumo de matérias-primas e encerrar ciclos de recursos.

Para isso, o município continua a avançar com o seu compromisso de reduzir o consumo de plásticos de uso único e promover a sua reutilização, quer por parte dos fornecedores, quer dos funcionários, garantindo que os plásticos são reciclados, sempre que possível.


Recolha de embalagens a crescer


Algumas destas medidas repercutiram um impacto significativo, tendo permitido à cidade do Porto eliminar 5,3 toneladas de plástico e identificar 3,4 toneladas onde é possível atuar a curto prazo. Só no ano de 2020, a empresa municipal Porto Ambiente recolheu cerca de 3.450 toneladas de embalagens, representando um crescimento de 2% comparativamente com o ano anterior.

Este facto é um reflexo do contínuo trabalho de consciencialização que tem sido desenvolvido pelo município, verificando-se uma maior participação ativa por parte da população ao nível da separação dos resíduos.

De resto, estão a ser implementados estudos para avaliar a utilização de plásticos de uso único nos serviços da autarquia, com o objetivo de desenhar um Plano de Ação para a Redução e Eliminação de Plásticos de Uso Único dentro dos edifícios e serviços municipais.

O Município do Porto juntou-se também à HISCAP – Historic Cities Against Plastic Waste, uma rede composta por mais de 50 cidades europeias especialmente vulneráveis no que diz respeito aos problemas associados à poluição dos plásticos, onde espera aprofundar estratégias com os peritos sobre bioplásticos e alternativas plásticas biodegradáveis.


Numa perspetiva mais alargada de transição para uma economia circular, o município reafirmou ainda no início do ano o seu compromisso para uma cidade circular, regenerativa e mais resiliente ao assinar a Declaração Cidades Circulares.


Esta declaração celebra o compromisso de regiões e cidades na transição para uma economia sustentável, baseada na dissociação de um desenvolvimento económico do uso de recursos, ambição assente no roteiro para um Porto Circular.