06/09/2024

O quilómetro quadrado do conhecimento e da sustentabilidade, como também é conhecida a zona da Asprela, abarca inúmeros projetos inovadores alicerçados pelo Município, mas que só puderam ser aprimorados através do financiamento dos EEA Grants. Depois do investimento, surgem os frutos – que florescem a olhos vistos neste quarteirão da cidade. Que o diga a delegação de deputados noruegueses, que, esta quinta-feira, atestou o sucesso do projeto "Asprela+Sustentável".

 

Desde o Bairro da Agra do Amial até à zona do Pólo Universitário, são muitos os exemplos de sustentabilidade consolidados a reboque do projeto "Asprela+Sustentável", que, para a sua concretização, contou com um apoio financeiro dos EEA Grants. Com o trabalho desenvolvido, foi o momento do vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, dar a conhecer os resultados alcançados a uma comitiva de deputados noruegueses.

 

"Foi muito importante para nós ver e aprender com estes projetos. Mas mais do que isso: é relevante saber que o financiamento dos EEA Grants está a ser bem usado, de modo a beneficiar a população e fomentar mudanças sustentáveis na cidade", constatou a deputada trabalhista Trine Lise Sundnes, que assumiu o papel de chefe da delegação norueguesa durante a visita ao Porto.

 

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No decurso da visita à zona da Asprela, a comitiva proveniente de Oslo teve a oportunidade de aferir os projetos desenvolvidos e entender os detalhes que ainda estão em progresso. O caso Bairro da Agra do Amial foi um dos que despertou mais interesse aos parlamentares do país nórdico.

 

Painéis solares e carregadores de veículos elétricos

 

"De que forma a energia limpa chega até aos residentes do bairro?" ou "Como vai funcionar o pagamento deste serviço?", foram algumas das questões feitas pelos deputados noruegueses, às quais o vice-presidente da autarquia deu resposta.

 

O também vereador do Ambiente e Transição Climática e da Inovação e Transição Digital explicou aos membros da delegação que, através do financiamento dos EEA Grants, foi construída uma comunidade energética no Bairro da Agra do Amial, "que já fornece energia a muitas famílias que lá habitam".

 

Filipe Araújo esclareceu que, nos primeiros meses de funcionamento, houve "pessoas que pagaram muito menos pela energia", o que resulta de uma instalação de painéis fotovoltaicos estruturada nos edifícios. No local, a delegação observou ainda um parque no qual estão disponíveis carregadores de veículos elétricos para utilização pública.

 

Os deputados noruegueses ficaram ainda a conhecer o plano desenvolvido pela Águas e Energia do Porto, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e pela Agência Portuguesa do Ambiente, que originou o conceito de “cidade-esponja”.

 

Prevenção de eventos extremos

 

A intervenção na ribeira do Parque Central da Asprela, que passa no local, garante a prevenção de inundações, através de bacias de retenção, que têm capacidade para acomodar até 10 mil m3 de água durante eventos de precipitação intensos.

 

Deste modo, mesmo em casos extremos, a mobilidade de quem estuda e trabalha naquela zona permanece assegurada. "É uma forma de proteger as casas aqui à volta e também as infraestruturas", nas quais, todos os dias, circulam diferentes meios de transporte, informou o vice-presidente.

 

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De passagem pelo Pólo Universitário, o responsável pelos pelouros do Ambiente e Inovação fez ainda um ponto da situação de outros projetos que se inserem no “Asprela+Sustentável”, uma vez que o mecanismo de financiamento canalizado pelos EEA Grants também deu fôlego a iniciativas relacionadas com a alimentação e tecnologia.

 

Projetos que melhoram a vida da comunidade

 

A iniciativa Good Food HUBs é um exemplo de como o Município conseguiu "aproximar os produtores locais aos consumidores da cidade", explicou Filipe Araújo à comitiva, dando origem a um ciclo que culmina na confeção de refeições que, posteriormente, são entregues pela autarquia nas escolas da rede pública.

 

Um dos projetos que mereceu a atenção da delegação da Noruega foi ainda o ReBOOT, por se tratar de uma iniciativa que dá uma nova vida a computadores usados, encaminhando-os para as mãos de quem mais precisa. Agora, o caminho que ainda está a ser traçado, deve continuar a ser engendrado.

 

"A comitiva ficou muito agradada com o que viu, porque é um projeto [“Asprela+Sustentável”] que tem impacto na comunidade e tem replicabilidade, ou seja, vamos usar estes pilotos para continuar o que se tem feito", afirmou o autarca.

 

Trata-se de um caso "de sucesso que envolve o Município e muitos parceiros, que se empenharam em dinamizar o que nós queremos que seja o quilómetro quadrado do conhecimento, mas também o quilómetro quadrado mais sustentável", rematou Filipe Araújo.

 

Após a visita – que contou com a presença de representantes da Agência da Energia do Porto (AdEP) –, a delegação norueguesa foi recebida pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na Casa do Roseiral.

 

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