Já assim foi em 2020, 2021 e 2022 e, em 2024, o Porto foi distinguido, novamente, como líder na ação climática. O “Carbon Disclosure Project” (CDP) voltou a atribuir o nível A à Invicta, uma classificação obtida apenas por 15% das cerca de mil cidades que se submeteram a esta avaliação externa, que procura “encorajar e apoiar as cidades a aumentar as suas ações e ambições climáticas”.
Este ano o Porto está entre as 112 cidades em todo o mundo que receberam a classificação de liderança na descarbonização e adaptação às alterações climáticas. As cidades de Guimarães, Lisboa e Matosinhos também receberam a classificação A.
Para o vice-presidente da Câmara e responsável pelo Ambiente e Transição Climática, Filipe Araújo, “este reconhecimento internacional e independente mostra que o Porto vai no bom caminho para atingir a neutralidade em 2030, conforme o compromisso assumido em 2022 no Pacto do Porto para o Clima, bem como na preparação da cidade para prevenir efeitos e dar a melhor resposta a eventos climáticos extremos, como precipitações intensas e ondas de calor”.
Ter o nome da restrita lista A do CDP significa o reconhecimento dos esforços para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e criar resiliência aos impactos das alterações climáticas.
Para atingir a classificação A, a mais elevada, os municípios devem apresentar um inventário de emissões em toda a cidade. Além disso, deve ter um plano de adaptação climática para demonstrar como irá enfrentar os riscos climáticos.
Recorde-se que, entre as várias medidas assumidas, o Município do Porto implementou o Pacto do Porto para o Clima, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República. Fruto também da aposta nesta temática, a Comissão Europeia selecionou, em 2022, o Porto como uma das 100 Cidades Inteligentes e com Impacto Neutro no Clima em 2030, reconhecendo o caminho traçado pela cidade rumo a um futuro resiliente e sustentável. O Porto integra ainda a Missão de Adaptação às Alterações Climáticas.
O Plano Municipal de Ação Climática (PMAC) do Porto 2030, que define as principais linhas de ação para atingir a neutralidade carbónica em 2030 e aumentar a resiliência climática, adaptando a cidade a eventos extremos, está disponível para e submissão de propostas até ao dia 16 de junho de 2025, através do Portal do Munícipe .
No que diz respeito ao capítulo da adaptação, o documento apresenta sete objetivos, que passam por aumentar a proteção das zonas de risco natural e das áreas vulneráveis, fomentar a adaptação do edificado público e privado, exponenciar a resiliência do espaço público, melhorar a eficiência do ciclo urbano da água, ampliar a eficiência de os sistemas de alerta e emergência da cidade, aprimorar as condições de segurança e saúde das pessoas e disseminar a literacia climática. De olhos postos nestes objetivos, o Município do Porto prevê um investimento de 450 milhões de euros.
Para a mitigação ou descarbonização, o plano antecipa 25 objetivos nas áreas dos sistemas energéticos, mobilidade e transportes, ambiente, resíduos e economia circular e infraestruturas verdes e soluções de base natural, estando definido um investimento superior a 1,7 mil milhões de euros.