A festa foi rija, após dois anos de interregno devido à pandemia, mas em poucas horas tinham desaparecido das ruas do Porto quaisquer sinais do cortejo da Queima das Fitas.

O desfile dos finalistas e dos carros alegóricos decorreu ao longo da tarde de terça-feira, mas ao final do dia já não restavam, nas ruas do Porto, vestígios da celebração académica.

Após a passagem pela tribuna de honra, instalada na Praça do General Humberto Delgado, em frente ao edifício dos Paços do Concelho, os carros dos diferentes cursos eram encaminhados para o Palácio de Cristal, através do túnel de Ceuta. Aí, técnicos da empresa municipal Porto Ambiente procediam à sua desmontagem, fazendo o encaminhamento de resíduos e a separação de materiais passíveis de serem reutilizados.

Estiveram envolvidas no desmantelamento de carros alegóricos 11 pessoas, equipadas com motosserras, pés-de-cabra, martelos e marretas. Os trabalhos terminaram por volta das 23 horas.

O desmantelamento resultou em cerca de 10 caixas de resíduos, na sua grande maioria madeiras, esferovite e monstros, havendo também embalagens e vidro em quantidades mais residuais. Foram ainda recuperadas várias máquinas de cerveja de pressão, geradores, barris, um tacho com bifanas, pão e até a chave de um automóvel.

Logo após o último carro do cortejo descer até à Avenida dos Aliados, entraram em campo os meios de apoio em exclusivo à limpeza do cortejo. O percurso por onde passou a festa estudantil foi alvo de varredura mecânica e lavagem do pavimento, cumprindo com o objetivo de reabrir o trânsito antes da meia-noite.

Participaram na operação de limpeza pós-cortejo da Queima das Fitas um total de 26 cantoneiros, oito deles em zonas específicas (Cordoaria, Praça da República, Marquês e Damião de Góis) e mais dois de apoio à limpeza no Palácio de Cristal, para além de cinco varredoras e dois lava-ruas.

A consciência ambiental foi, desde o primeiro momento, uma prioridade da organização da Queima das Fitas do Porto, em articulação com o Município e a Porto Ambiente.